Por uma escuta não normalizadora na medida socioeducativa
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Resumo
Este artigo é movido por experiências das autoras na supervisão institucional, modalidade de formação de equipes realizada com trabalhadores da Política de Assistência Social que atendem adolescentes afastados/as de seus familiares, vivendo provisoriamente em serviços de acolhimento institucional, e/ou que cumprem medidas socioeducativas por cometimento de ato infracional. O estreitamento, no imaginário social, dos lugares de destino aos/às adolescentes de camadas sociais socioeconomicamente desprivilegiadas tem reproduzido a figura do/a “desviante” e concepções
hegemônicas sobre as formas de trabalhar com eles/as: processos baseados em metas a serem cumpridas que desconsideram sua singularidade e trajetória de vida. O outro, tomado dentro da lógica de medicalização e de normalização da existência como detentor de problemas a serem resolvidos por um/a técnico-especialista submetido/a ao alcance de metas, tem sido tema em trabalhos de supervisão institucional, em especial, com equipes de profissionais envolvidos/as com as medidas socioeducativas. Essas experiências deflagraram a questão explorada no artigo: a relação da presença dessa racionalidade com elementos históricos constitutivos das medidas socioeducativas no Brasil e os processos de terceirização dos serviços executores da política na cidade de São Paulo. O trabalho de supervisão institucional, propulsor dessas questões teóricas, é estratégia que visa a criar fissuras em tal lógica.
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