A emergência e evolução da educação compensatória na teoria e na prática Fragilidades e possibilidades
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Resumo
O fim da II Guerra Mundial precipitou a necessidade de investir na educação como promotora do desenvolvimento. Da expansão das políticas públicas em educação com preocupações com a igualdade de oportunidades até à valorização do «local» e da cooperação entre os diferentes intervenientes locais, a educação compensatória foi assumindo um papel «remediador» das desigualdades sociais. Os programas de educação compensatória/políticas de educação prioritária expandiram-se desde a década de 1960 pelo mundo ocidental. Contudo, as críticas ao conceito e os resultados desanimadores dos primeiros programas, associados a alterações no quadro político, conduziram ao progressivo descrédito e desinvestimento por parte dos(as) decisores(as) políticos(as). O ressurgimento do conceito na década de 1980 marcou uma nova era para a educação compensatória, assente na descentralização e apostada na cooperação entre escolas e comunidades como estratégia de combate à exclusão escolar e social. Neste artigo revisitamos as características dos programas de educação compensatória, assim como os seus principais resultados. Por fim, refletimos sobre o potencial compensatório dos programas, em especial do programa português – Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP).
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