A Pedagogia do Oprimido como fonte para a crítica ao pedagogismo opressor
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Abstract
Tomando como referência a obra Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, este artigo parte da hipótese de que o livro, meio século depois de ter sido escrito, se mantém como uma poderosa fonte para a crítica às conceções tecnocráticas e instrumentais de educação e aprendizagem. Com base em alguns dos mais relevantes conceitos que Freire propôs no seu opus magnum, várias dimensões das políticas educativas contemporâneas, com destaque para as orientações da União Europeia, são objeto de interpretação. As conclusões deste trabalho apontam para a pertinência crítica de conceitos como «opressão», «objetos», «educação bancária», «invasão cultural», «extensionismo», «desproblematização do futuro» e «slogan», entre outros. Finalmente, com base na análise realizada, é possível admitir a emergência de um pedagogismo opressor que vem sendo produzido por importantes atores políticos
e organizações internacionais.
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