Responder e corresponder em tom menor A produção do comum em uma escola que garanta lugar para cada um
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Resumo
Neste artigo propomos pensar a escola como espaço público e democrático a partir de uma pesquisa de observação participante realizada em uma escola pública do Rio de Janeiro que, apelidada carinhosamente de Mariana, também assim nomeia suas trabalhadoras e trabalhadores. A construção desta comunidade Mariana é compreendida em articulação com o conceito de produção do comum como o que nos possibilita habitar o mundo e crescer com e na presença dos outros. O trabalho das Marianas nos permite pensar como esses movimentos de produção do comum se dão a partir de gestos menores capazes de realizar transgressões, produzindo, nas brechas, formas mais potentes de viver a educação. Tais questões são discutidas a partir das experiências acompanhadas, como as assembleias semanais e um projeto desenvolvido que perseguiu o cuidado de si, do outro e do planeta. É, pois, esta educação menor e seus movimentos de responder e corresponder que nos interessam.
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Como Citar
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