(Im)possibilidades do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) no caminho da inclusão
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Resumo
Pretende-se hoje que as escolas sejam espaços e comunidades nas quais todas as diferenças sejam respeitadas e onde todos/as tenham uma resposta ajustada às suas reais necessidades. Neste artigo apresentamos os resultados de um estudo que partiu da questão “O Programa Integrado de Educação e Formação encontra-se alinhado com as atuais políticas nacionais, em matéria de inclusão?”, que foi operacionalizada nos seguintes objetivos: i) conhecer a perspetiva de diferentes atores sobre o Programa Integrado de Educação e Formação numa escola situada num Território Educativo de Intervenção Prioritária e numa escola não integrada em Território Educativo de Intervenção Prioritária; ii) perceber se existem diferenças nas respostas das escolas, atendendo à natureza específica destes territórios. A investigação desenvolveu-se em duas escolas, recorrendo a diferentes técnicas de recolha de dados: entrevistas semiestruturadas, observação direta de aulas e análise documental. Os resultados sustentados na triangulação das diferentes fontes levam-nos a considerar aquele Programa uma medida socioeducativa que potencia a inclusão social e escolar e a existência de diferenças nos dois agrupamentos nos horários, na constituição das turmas, na constituição e articulação das equipas técnico-pedagógicas, nas práticas pedagógicas e na relação dos/as alunos com professores/as e funcionários/as.
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