O sucesso educativo de crianças em acolhimento residencial, um inédito viável?

Autores

  • Daniela Ferreira CIIE – Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Ariana Cosme CIIE – Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34626/esc.vi56.29

Palavras-chave:

crianças em acolhimento residencial, insucesso escolar, inédito viável, relação pedagógica

Resumo

As crianças em acolhimento residencial constituem um dos grupos mais afetados pelo insucesso escolar. A análise dos percursos escolares dos/as alunos/as portugueses/as evidencia que as probabilidades de sucesso educativo são mais cruéis para estas crianças. Mostrou também que a possibilidade de terminar uma escolaridade de 12 anos é uma realidade que a muito poucos acontece. Sendo a situação de insucesso e exclusão escolar especialmente grave, defende-se que o trabalho dos/as professores/as, que se exerce não só a partir de práticas pedagógicas e de ações diferenciadas que possam ter em conta as diferenças culturais e socioeconómicas que, muitas vezes, caracterizam estas crianças, deve atender também aos graves problemas de índole psicológica e afetiva que as marcam. Assim, e recorrendo a um enquadramento teórico da pedagogia crítica e com o apoio de Paulo Freire, defendemos que, contra todas as expectativas, o futuro de algumas destas crianças se revela como sendo um “inédito viável”. A partir de um trabalho de terreno de observação participante desenvolvido ao longo de vários anos, num quadro teórico-metodológico em que se associa a educação à socio-antropologia, este texto pretende dar conta de alguns exemplos desses “inéditos” a partir da análise crítica de experiências vividas por estas crianças.

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Publicado

2020-06-01

Como Citar

Ferreira, D., & Cosme, A. (2020). O sucesso educativo de crianças em acolhimento residencial, um inédito viável? . Educação, Sociedade & Culturas, (56), 119–136. https://doi.org/10.34626/esc.vi56.29