Pedagogia do Oprimido

Um ícone aos 50 anos

Autores

  • Afonso Celso Scocuglia Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.34626/esc.vi56.23

Palavras-chave:

Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Esperança, educação política, interconexões

Resumo

Este artigo focaliza os 50 anos do livro Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, concluído em 1968. Considera o livro como núcleo articulador de uma obra complexa, polifônica e em construção/reconstrução permanente. Esta obra faz parte de uma trilogia que começa com a sua tese acadêmica de 1959 (Educação e Atualidade Brasileira), continua em Educação Como Prática da Liberdade (1965), até desaguar no livro em tela. E que continua em outras obras posteriores, a exemplo de Ação Cultural Para a Liberdade e Outros Escritos (1970). Considera-se, também, o fato de que seu autor pretendeu reescrevê-la e o fez, em parte, nos livros Pedagogia da Esperança: Um Reencontro com a Pedagogia do Oprimido (1992) e Política e Educação (1993). Nesta reescrita, quase 25 anos depois, Freire refez conceitos, apostou em outro paradigma, descartou personagens e ênfases do livro de 1968, demonstrando o permanente movimento de reconstrução epistemológica marcado pelas circunstâncias históricas das suas práticas político-pedagógicas no Brasil e em muitos países do mundo. Como construtor dos seus diversos tempos históricos e espaços políticos, erigiu “os vários Paulo Freire”, tendo o livro Pedagogia do Oprimido como núcleo de ligação das demais partes da sua obra escrita.

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Publicado

2020-06-01

Como Citar

Scocuglia, A. C. (2020). Pedagogia do Oprimido: Um ícone aos 50 anos. Educação, Sociedade & Culturas, (56), 11–25. https://doi.org/10.34626/esc.vi56.23