Entre Guiné e Portugal:  Uma fotografia do coração

Inês Martins da  Silva; Maria da Luz Cabral

doi:10.34626/esc.vi49.154

Autores

Inês Martins da Silva Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Lisboa
Maria da Luz Cabral Departamento de Politica e Trabalho Social, Escola Superior de Saúde do Alcoitão, Alcoitão

DOI:

https://doi.org/10.34626/esc.vi49.154

Palavras-chave:

história de vida, educação intercultural, participação, multiculturalidade, justiça social e diferença

Resumo

Este trabalho incide sobre a história de vida de uma mulher jovem de origem africana (Guiné Bissau) que, migrante em Portugal desde há dez anos, conheceu uma «nova» condição aos 16 anos quando ficou cega. Partindo da narrativa biográfica, pretende‑se, através do cruzamento com a análise e interpretação dos elementos por ela fornecidos, tecer uma leitura mais profunda e complexa desse percurso. Situamos os contextos sociais «Entre Guiné e Portugal» num percurso educacional no qual o grupo étnico de origem, a condição de cegueira e a pertença de género podem desempenhar papéis significativos, enquanto promotores de emancipação e de empowerment. Abordamos as razões da problemática «Entre Guiné e Portugal: Uma fotografia do coração», nas palavras da pessoa biografada, a Feliz, salientando o seu discurso através da voz da biografada, refletida e analisada por nós. Seguidamente, damos particular atenção ao papel da educação na sua vida, «a cegueira à distância de um olhar: a injunção de diferenças e desigualdades no ato cultural e educacional», enquanto pessoa refletindo a conjugação de diversas coordenadas. Apresentamos a metodologia e justificamos a opção metodológica pela entrevista biográfica que serviu de suporte à pesquisa. As considerações finais dão conta das inquietações geradas pela leitura de uma vida.

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