Slam e educação: Gênero, raça e decolonialidade nas performances poéticas de estudantes brasileiros e franceses
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Resumo
Este artigo apresenta uma pesquisa de pós-doutorado que se aprofundou nos estudos dos letramentos, em específico, dos letramentos literários, letramentos críticos e letramentos de reexistência. O seu objetivo principal é apresentar o projeto educativo brasileiro do Coletivo da Guilhermina, que todo ano organiza e realiza o Slam Interescolar de São Paulo, e da Associação francesa Le Panorama, que há sete anos também organiza e realiza Le Grand Slam du 77, na comuna francesa Champagne-Sur-Seine, a 67 km de Paris. Slams são aqui entendidos como eventos e práticas de letramentos sociais e culturais que envolvem leitura e escrita poéticas em performance. Em se tratando de slams escolares, tal investigação se debruça na maneira como os/as estudantes-slammers de São Paulo/Brasil e de Paris/França usam a linguagem poética para ecoar uma cultura jovem, performando poemas que denunciam violências de gênero e raça a que estão historicamente sujeitos/as. Em termos metodológicos, este artigo visa analisar, sob a óptica qualitativa-interpretativista, textos poéticos encenados nos slams escolares paulistas/brasileiros e parisienses/franceses, em 2022 e 2024, respectivamente. Os resultados apontam para uma educação literária e libertária capaz de revelar jovens poetas que escrevem, leem e performam poesias como ato político de denúncia ao racismo e de resistência decoloniais.
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