Autoavaliação das escolas públicas e das escolas particulares e cooperativas de ensino artístico: perspetiva dos professores
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Resumo
O presente estudo tem como objetivo conhecer as atitudes e perceções dos professores em relação aos processos de autoavaliação nas escolas de Ensino Artístico, que decorrem da legislação em vigor que aponta para a sua obrigatoriedade. Sendo estas escolas normalmente de caráter privado, não têm sido contempladas pela Avaliação Externa de Escolas (AEE), embora comecem a sê-lo no 3.º ciclo de AEE iniciado no ano letivo 2018/2019.
Com vista a alcançar o objetivo, recorreu-se à metodologia de inquérito por questionário, em versão online, dirigido aos professores das escolas de Ensino Artístico públicas e particulares e cooperativas, que incluiu: a caraterização socioprofissional dos professores; a existência ou não de uma equipa e de um processo organizado de autoavaliação, bem como a perceção dos professores e a caraterização das suas atitudes face à autoavaliação.
A maioria dos inquiridos refere que a sua escola tem um processo de autoavaliação implementado, concordando com o facto de este proporcionar um conhecimento alargado sobre a escola e contribuir para a equidade e justiça escolar, bem como para otimizar gestão de recursos humanos e materiais e o trabalho colaborativo entre os professores. Por outro lado, os professores consideram que o processo de autoavaliação promove estratégias de apoio à reflexão e tomada de consciência da escola que visam contribuir para uma visão atualizada e crítica sobre o seu funcionamento e desempenho com vista à melhoria das práticas educativas e dos resultados escolares. No entanto, cerca de metade dos professores entendem o processo de autoavaliação como imposto e burocrático, sentindo-se pouco envolvidos.