Regulação de políticas socioeducativas num Agrupamento de Escolas: a emergência de um Gabinete de Inclusão Cidadã em contexto de crise
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Resumo
Em cenário de crise económica e social que repercute em receitas de ajustes
estruturais para a educação pública portuguesa, num Agrupamento Escolar (AE)
emerge o Gabinete de Inclusão Cidadã (GIC) como uma “resposta” local às regulações
do Ministério de Educação e Ciência e às demandas sociais insatisfeitas dos alunos. O
artigo visa analisar o GIC como uma nova estrutura de gestão intermédia criada,
situacionalmente, para a gestão de múltiplas políticas educativas, mas também de
um crescente número de políticas sociais, que agora devem ser administradas desde
a Escola Sede do AE e para as doze escolas agrupadas. A regulação local de políticas
de assistência social repercute para além da estrutura burocrático-administrativa do
AE, na conformação dum perfil institucional como “AE inclusivo”, perfil que supõe
para a diretora a intensificação e complexificação de um novo trabalho específico: a
gestão de relações de parceria. Neste contexto, discutimos as lógicas de ação e os
efeitos que o Sistema de Ação Concreta contextualizado no GIC do ficticiamente
denominado AE Margem, promove nos seus atores escolares.