Educação e poder: Como se escolhe um Ministro? Apontamentos para a História da Educação em Portugal (1955-1976)
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Resumo
O artigo procura responder à questão como se escolhe um Ministro da Educação. O espaço de análise é Portugal, no período de que vai de 1955 a 1976, ou seja, num período que abrange o processo de modernização da sociedade portuguesa (industrialização, urbanização, mudança na estrutura de classes) na segunda metade do Estado Novo, a ruptura democrática de 25 de Abril de 1974 e o processo de transição revolucionária decorrido até à entrada em funções do I Governo Constitucional, ou seja, constituído nos termos da Constituição democrática de 1976. A tese que se defende é que a escolha do Ministro da Educação está intimamente ligada à representação que o Primeiro Ministro (ou Presidente do Conselho, durante a Ditadura do Estado Novo) faz do percurso pessoal, profissional e político da personalidade que convida, tomando em consideração os condicionalismos políticos em que o faz, esperando que esse percurso anterior seja um sinalizador da capacidade de interpretar as agendas e conduzir os processos de mudança por si idealizados.