Com as mãos se faz o ser
Aprender/ensinar filosofia em contexto de surdez
DOI:
https://doi.org/10.34626/esc.vi42.272Palavras-chave:
língua gestual portuguesa, ensino da Filosofia em contexto de surdez, filosofiaResumo
A primeira língua das pessoas surdas portuguesas é a língua gestual portuguesa, que possui o mesmo estatuto de língua como as línguas vocais e partilha as caraterísticas das línguas gestuais de outros países, nomeadamente a iconicidade. A análise do Programa de Filosofia em vigor para o ensino secundário revela que este apresenta como finalidades do processo de ensino e aprendizagem da filosofia neste nível de escolaridade não só o conhecimento de conceitos e teorias, mas também a construção de um saber pessoal por parte dos/as discentes. Este artigo argumenta que, apesar da inexistência de léxico filosófico standard levantar um problema linguístico-cognitivo, de acordo com a investigação, este pode ser resolvido mediante o recurso a estruturas de grande iconicidade.
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