A Revolução de Abril e o sindicalismo dos professores em Portugal

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Stephen R. Stoer

Resumo

A década de setenta foi marcada por uma considerável mobilização na educação em Portugal. Nos meados desta década foram criadas as primeiras organizações de carácter sindical para professores do ensino oficial, depois do encerramento em 1933 de todas as associações de funcionários públicos, incluindo as dos professores. Enquadrar a discussão das organizações sindicais dos professores durante e após o período revolucionário (1974-75) implica que se comece este artigo com uma breve menção ao aparecimento das organizações dos professores no início do século XX. Importa ainda fazer uma breve caracterização do ensino sob o regime autoritário salazarista, o mesmo regime que aboliu todas as organizações dos professores ligadas ao sistema oficial de ensino. Finalmente, analisaremos o reaparecimento da organização dos professores, primeiro como resistência ao regime salazarista e depois como actividade sindical reconhecida, e de facto enaltecida, depois da revolução de Abril de 1974.

##plugins.themes.bootstrap3.displayStats.downloads##

##plugins.themes.bootstrap3.displayStats.noStats##

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Secção

ARTIGOS

Como Citar

Stoer, S. R. (2008). A Revolução de Abril e o sindicalismo dos professores em Portugal. Educação, Sociedade & Culturas, 26, 49-70. https://doi.org/10.24840/esc.vi26.1596

Referências

ADÃO, Á. (1981). La condition des instituteurs portugais, 1901-1951. Tese de Doutoramento de 3.º Ciclo em Ciências de Educação, Universidade de Bordéus II, França.

ARAÚJO, H. (1982). Towards an analysis of social class and ideologies in Portuguese teachers. Tese de Mestrado, Institute of Education, Universidade de Londres, Inglaterra.

AZEVEDO, J. C. (1978). Adesão de Portugal à CEE. Lisboa: Editorial Império.

BENTO, J. G. (1978). O movimento sindical dos professores: Finais da Monarquia e a Primeira República. Lisboa: Editorial Caminho.

BREINES, W. (1980). Community and organization: The new Left and Michels’ «Iron Law». Social Problems, 27(4), Abril.

CANDEIAS, A. (1981). Movimento Operário Português e educação (1900-1926). Análise Psicológica, II(1), Julho/Agosto/Setembro.

Contra a Escola Capitalista (1978). A política na escola. Lisboa: O Armazém das Letras.

CORTESÃO, L. (1982). Escola, sociedade/que relação? Porto: Edições Afrontamento.

CUNHAL, Á. (1976). A Revolução Portuguesa: O passado e o futuro. Lisboa: Edições Avante.

DALE, R. (1981). Education and the capitalist state: Contributions and contradictions. In M. Apple (Coord.), Culture and economic reproduction in education. Londres: Routledge and Kegan Paul.

DINIZ, A. A., & WOLF, F. O. (1978). Opções políticas dos professores e sindicalismo. Vértice, 404/405, 52-89.

FERNANDES, C. R. (1978). Portugal and the Economic Community: Some reflections on the free trade agreements. Secretariado para Integração Europeia no Boletim EFTA.

FERNANDES, R. (1983). António Sérgio, Ministro da Instrução Pública. Revista de História das Ideias, 5 (número especial «António Sérgio»).

FERREIRA, S. (Coord.) (1975). MFA, motor da revolução portuguesa. Lisboa: Diabril.

FINN, D., GRANT, N., & JOHNSON, R. (1977). Social democracy, education and the crisis. Working Papers in Cultural Studies, 10, 147-198.

GALLACHER, T. (1983). Portugal: A twentieth-century interpretation. Manchester: Manchester University Press.

GONÇALVES, V. (1977). Discursos, conferências de imprensa, entrevistas. Lisboa: Seara Nova.

GRÁCIO, R. (1983). O Congresso do ensino liceal e os grupos de estudo do pessoal docente do ensino secundário: Uma alternativa sob o Caetanismo. Análise Social, XIX, 77-78-79, 757-791.

GRÁCIO, S. (1982). Escolarização e modos de integração na formação social portuguesa (1950-1978). Análise Psicológica, 4, série II, Abril/Maio/Junho.

LAWN, M., & OZGA, J. (1981). The educational worker? A reassessment of teachers. In L. Barton & S. Walker (Coords.), Schools, teachers and teaching. Barcombe: The Falmer Press.

LEITE, M. (1980). Em defesa da gestão democrática. A Escola, p. 5.

MÓNICA, M. F. (1978). Educação e sociedade no Portugal de Salazar. Lisboa: Presença.

MÓNICA, M. F. (1980). Ler e poder: Debate sobre a educação popular nas primeiras décadas do século XX. Análise Social, 63.

MONTEIRO, A. R. (s/d). Educação, acto político. Lisboa: Livros Horizonte.

OZGA, J. (1981). E353 society, education and the State, Unit 14. Milton Keynes: The Open University Press.

Partido Comunista Português (PCP) (s/d). Os sindicatos de professores: Uma conquista de Abril. In Cadernos: Educação.

PINTO, M., & MOURA, C. (1972). Estruturas sindicais portuguesas: Contributo para o seu estudo. Análise Social, 9, 33, 140-190.

SANTOS, M. E. B. (1981). Inovação educacional. In M. Silva, & M. I. Tamen (Coords.), Sistema de ensino em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

SIMÃO, J. V. (1970). Batalha da educação. Discurso do Ministro da Educação Nacional, MEN.

Sindicato Democrático dos Professores (SINDEP) (1982, Abril). Declaração de Princípios. O Jornal do Primeiro Congresso do SINDEP, 2.

Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) (1981). A escola e os professores na sociedade portuguesa: Resolução.

Documento do Primeiro Congresso do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa.

STOER, S. R. (1982). Educação, Estado e desenvolvimento em Portugal. Lisboa: Livros Horizonte.

STOER, S. R. (1983). The April Revolution and the contribution of education to changing «Portuguese realities». Tese de Doutoramento em Sociologia da Educação, The Open University, Londres, Inglaterra.

WIARDA, H. (1977). Corporatism and development: the Portuguese experience. Amherst: Universidade de Massachusetts.