Educação e o combate ao pluralismo cultural benigno
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Defendemos neste trabalho que o que denominamos pluralismo cultural benigno constitui um obstáculo ao desenvolvimento da educação inter e multicultural. Na verdade, quer através do seu empirismo, quer através do que oculta, o pluralismo cultural benigno conduz-nos a uma espécie de beco sem saída: isto é, o pluralismo cultural benigno mostra-se incapaz de enfrentar as duas críticas mais fortes (uma que tem a sua origem na esquerda radical e outra que tem a sua origem na direita neoliberal) no que diz respeito ao desenvolvimento de uma sociedade multicultural. Depois de apresentar uma síntese dos argumentos dessas duas críticas e de algumas das características principais do pluralismo cultural benigno, abordamos brevemente cinco vertentes de uma proposta em construção de uma educação intercultural que se enquadra num pluralismo cultural crítico.
##plugins.themes.bootstrap3.displayStats.downloads##
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Secção

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0.
Os/as autores/as mantêm os direitos autorais, sem restrições, e concedem à revista ESC o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA). É permitido copiar, transformar e distribuir e adaptar o material em qualquer suporte ou formato, desde que com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, as alterações sejam identificadas e seja aplicada a mesma licença ao material derivado, não podendo ser usado para fins comerciais.
Como Citar
Referências
BALIBAR, E., & WALLERSTEIN, I. (1991). Race, nation, class, ambiguous identities. Londres: Verso.
BULLIVANT, B. M. (1981). The pluralist dilemma in education. Sydney: George Allen & Unwin.
CHAVEZ, L. (1994). Demystifying multiculturalism. National Review, Fev., 26-32.
CORTESÃO, L. (1995). Reflexões críticas sobre a educação de crianças ciganas. In L. Cortesão & F. Pinto (Orgs.), O povo cigano: Cidadãos na sombra (pp. 27-36). Porto: Edições Afrontamento.
CORTESÃO, L., & STOER, S. R. (1995). Projectos, percursos, sinergias no campo da educação inter/multicultural: Relatório final. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/Junta Nacional de Investigação Científica.
CORTESÃO, L., & STOER, S. R. (1996). A interculturalidade e a educação escolar: Dispositivos pedagógicos e a construção da ponte entre culturas. Inovação, 9, 35-51.
CORTESÃO, L., & STOER, S. R. (1997a). Investigação-acção e formação de professores para uma educação intercultural. In M. R. Santos & A. Carvalho, Correspondência escolar, as classes de descoberta – Oficina da formação e interacção cultural. Coimbra: Gulbenkian/Coimbra Ed.
CORTESÃO, L., & STOER, S. R. (1997b). Investigação-acção e a produção de conhecimento no âmbito de uma formação de professores para a educação intercultural. Educação, Sociedade & Culturas, 7, 7-28.
JACOBY, R. (1994). The myth of multiculturalism. New Left Review, 208, 121-126.
NUNES, A. S. (1979). Sobre o problema do conhecimento nas ciências sociais. Lisboa: Cadernos GIS/Gabinete de Investigações Sociais.
SANTOS, B. S. (1995). Toward a new common sense. Law, science and politics in the paradigmatic pransition. Nova lorque: Routledge.
STOER, S. R. (1994). Construindo a escola democrática através do «campo da recontextualização pedagógica». Educação, Sociedade & Culturas, 1, 7-27.
STOER, S. R., & CORTESÃO, L. (1995). Critical inter/multicultural education and the process of transnationalisation: A view from the semiperiphery. Journal of Education Policy, 10(4), 373-384.