Ao longo dos tempos, a pluralidade das práticas de desenho permite compreender uma extensa lógica de mundos e de campos de actuação: uma efectiva multiplicidade de intenções, de recombinações e de funções gráfico-plásticas. Persistindo sobretudo como veículos de expressão e processos de conhecimento, as práticas de desenho atravessam distintas fronteiras. Efectivamente, pertence ao próprio “âmbito disciplinar” de desenho a capacidade em captar as distintas “relações do real” que só a sua acção prática constitui e revela. A singularidade do desenho, ao considerar os seus diferentes modos de tornar visível, de representar, de figurar, de analisar, de imaginar e comunicar, reinventa constantemente o entrecruzamento dos seus campos de actuação: a arte, a ciência, o pensamento, e, claro está, a pedagogia.
Publicado: 04-07-2024