"O professor como missionário": Uma concepção pré-industrial?
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Resumo
O objectivo deste artigo é, principalmente, trazer ao debate uma área da educação que tem sido explicitamente aceite pelas forças de esquerda em Portugal. O título sugere a área a que nos estamos a referir, nomeadamente, o papel do professor. Basicamente, gostaríamos de argumentar que a concepção do professor que pertence à esquerda em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974, se tem baseado numa noção de «prática» que rejeita, explicitamente, o teorismo da «cultura académica», e que aceita, automaticamente, uma tal concepção como inerente da esquerda. O argumento aqui será que ambos os conceitos de «prática» e de «cultura académica» são problemáticos, e que em vez de ser necessariamente da esquerda, uma tal concepção do professor possa ser vista como romântica, utópica e, em grande parte, «pré-industrial». Recorreremos aos ensaios de Gramsci sobre a educação em defesa desse argumento.
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Referências
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