Andar sem sair do sítio. A parede de trabalho: espaço de navegação gráfica.
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Resumo
Este artigo é sobre a parede de trabalho no espaço do artista visual como um mapa de deambulação e orientação percetiva na produção de novas ideias. Pelas relações de proximidade e afinidade de imagens e diversos elementos no plano da parede, o olhar descreve movimentos e circuitos específicos referentes a diferentes etapas criativas. É nessa ação de deslocação que se procuram analogias entre etapas do processo criativo e formas de deslocação no território. A Deriva como uma movimentação distrativa e dispersiva, a Perseguição como uma demanda por uma solução e a Visita como o encontro com referências e imagens do passado. Organizar a parede como um mapa e olhar o conjunto, permite divagar pelas imagens e elementos como um modo de abordagem do processo criativo que remete para a deambulação na paisagem.